Vendas no Se Rasgum decepcionam comerciantes
Enquanto o Se Rasgum só supera as expectativas do público e da crítica, para os comerciantes as vendas não agradaram. Ao lado de fora do Hangar Centro de Feiras da Amazônia, localizado na Avenida Julio César, em Belém, o movimento foi considerado fraco.
Maria Helena Pontes, 65 anos, há 35 sustenta a família das vendas de bombons durante shows e eventos. Ela apostou no festival de rock para alavancar as vendas dos doces durante o evento, porém, contou que poucas pessoas pararam para comprar algo na banca dela.

O baixo movimento de pessoas refletiu também número de vendedores, segundo Maria, muitos desistiram se vender alimentos e bebidas do lado de fora do Hangar: "dentro tem muita opção para as pessoas e quase ninguém quer sair pra consumir algo aqui fora, por isso muitos colegas resolveram não vender aqui", contou a autônoma.
Durante o Se Rasgum, apenas dois vendedores foram persistentes. Jorge Elias Santos, de 37 anos, foi um deles e levou o carro para venda de lanches. Na tentativa de lucrar com público do festival, o autônomo se decepcionou e teve que dispensar dois funcionários, porque o dinheiro arrecadado não daria para pagar as diárias somadas as despesas com os sanduíches. Jorge teve que trabalhar mais para pagar os gastos que teve com investimento com refrigerantes, verduras e outros ingredientes.
Apesar da baixa procura do público os dois autônomos sustentam as famílias com a venda e decidiram apostar no evento, como uma forma de ajudar no orçamento familiar. M
as ano que vem as coisas serão diferente. Os dois comerciantes disseram que ganharam experiência. Dona Maria garantiu que vai pensar seriamente se irá prestigiar o evento no ano seguinte. Já Jorge grassou uma nova estratégia e vai reduzir o investimento em produtos para trabalhar mais tranquilo durante a próxima edição do Se Rasgum.

